Um homem desceu na estação do metro de Washington vestindo jeans, camisa e boné. Encostou-se próximo à entrada, tirou o violino da caixa e começou a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, na hora de ponta matinal.
Durante os 45 minutos que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes. Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, e executava peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, avaliado em mais de 3 milhões de dólares.
Alguns dias antes, Bell havia tocado no Symphony Hall, em Boston, onde os melhores lugares custaram cerca de 1000 dólares.
A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, telemóvel no ouvido, crachá balançando no pescoço... indiferentes ao som do violino. A iniciativa, realizada pelo jornal The Washington Post, era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.
A conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto, e quando estão etiquetadas que têm valor.
Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefacto de luxo sem etiqueta de luxo.
Só uma mulher reconheceu ...
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Quando o luxo vem sem etiqueta...
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Merdas que plagiei de algum lado
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2 comentários:
Bem conheço a sensação, mas como não gosto de dar nas vistas...
Eu acho que o artista de rua não é valorizado, (não é valorizado porque a mídia não valoriza e as pessoas só dão valor para o que está na mídia) as pessoas não curtem ficar assistindo artistas de rua. Elas pensaram que o violinista era apenas mais um pobre que ganha a vida tocando instrumentos no metrô e não deram a devida importância para ele! Mal sabiam que uma apresentação dele custa caríssimo! Se tivessem o reconhecido teria sido bem diferente mas, como acharam que era um artista de rua, nem se deram ao trabalho de olhar para ele.
Beijão!
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